Superego e ego
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Superego (al. Überich, "supereu") designa na teoria psicanalítica uma das três instâncias dinâmicas do aparelho psíquico. É a parte moral psique e representa os valores da sociedade.
O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem a ser procurado; e a consciência moral (al. Gewissen), que determina o mal a ser evitado[1] [2] .
O superego tem três objetivos:
inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (consciência moral); forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional) e conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras (ego ideal).
O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos; outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada, certo ou errado, sem meio-termo)[1] [2] .
Costuma dizer-se que "o superego é o herdeiro do complexo de Édipo",[3] uma vez que é nesse ponto que se dá a primeira censura ou corte através do tabu do incesto. Os psicopatas têm um id dominante e um superego muito reduzido, o que lhes tolhe o remorso, sobressaindo a falta de consciência moral[4] .
O superego nem sempre é consciente, muitos valores e ideais podem ser despercebidos pelo eu consciente.
Ego (em alemão ich, "eu") designa na teoria psicanalítica uma das três estruturas do modelo triádico do aparelho psíquico. O ego desenvolve-se a partir do Id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera no comportamento humano. A satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a