Superego em Melanie Klein
Vou aproveitar o momento e falar o que considero mais relevante na obra de Klein, na verdade, não talvez o que realmente seja mais relevante didaticamente e sim, o que mais me despertou atenção: o processo de nascimento do superego.
Talvez tenha sido esse tópico porque ele envolve em si a fantasia e a realidade, o interno e o externo e o desenvolvimento enquanto sujeito integral a partir de um processo de partilha, de "órgãos" imateriais que vão se desenvolvendo para cumprirem funções especiais e específicas no que se refere ao todo-sujeito.
Precisamos aprender a diferenciar para ter consciência do que se trata alguma coisa, do que aquilo representa para nossa existência de ameaçador ou de amoroso e esse diferenciar tem relação com processo de ruptura e de perda....minha mãe é um outro sujeito, ela não é eu ela é um objeto. A saciedade-prazer eu não tenho como e quando quero, eu não sou auto-suficiente e o mundo não existe para me servir...
Em sua obra "A Psicanálise de crianças", no capítulo VIII, Klein explora "Os estágios iniciais do conflito edipiano e da formação do superego.", que aborda principalmente esse surgimento-formação com todas as dores e sofrimentos envolvidos.
Segundo Kein, da metade do primeiro ano até o terceiro ano de vida ocorrem os estágios iniciais do conflito edípico e da formação do superego. A seguir, transcrevo excertos e resumos do referido capítulo para ilustrar a questão.
O processo vai ocorrendo, grosso modo, da seguinte forma:
• O prazer em sugar se transforma em prazer de morder e a ausência de satisfação em sugar (estágio oral de sugar) aumenta a satisfação em morder (estágio oral de morder). Esses estágios apresentam-se como expressões das polaridades pulsão de vida e pulsão de morte;
• As deficiências consideradas mais