Supercomputadores
O filme deixa clara a idéia de que o mundo mudou, os tempos são outros e até a própria percepção de tempo já não é mais como a do antigo regime (Feudalismo), por isso devemos analisar a percepção de mundo ainda vigente e perceber que existem novas formas de enxergar a realidade e que o antigo método já está ultrapassado diante dos problemas presentes e futuros da sociedade pós-moderna. Em vários diálogos percebemos críticas ao paradigma dominante e críticas diretas a ciência clássica, por exemplo, quando a filha da cientista afirma que ela precisa conhecer as pessoas, se aproximar da realidade e não apenas se isolar em uma ilha e ficar lendo livros. Em certa parte da discussão a cientista consegue convencer ligeiramente o político, tanto que o político cita uma frase de Thomas Jefferson: "É tolice uma sociedade apegar-se a velhas idéias em novos tempos como é tolice um homem tentar vestir suas roupas de criança". Frase essa que traduz bem toda temática do filme.
Então é proposta essa mudança de paradigmas, porém o político traz para o diálogo problemáticas políticas que são um verdadeiro entrave para que o paradigma emergente realmente possa funcionar e resolver questões atuais da sociedade, o político explica que se ele, por exemplo, tributasse a carne vermelha de maneira drástica como é feito com o tabaco para diminuir o consumo, todos os produtores de carne colocariam em choque a sua candidatura, então ele coloca como solução mais prática o método antigo de pegar casos isolados e esperar que as soluções para estes casos se elevem e resolva o todo, o que certamente é improvável para a realidade atual.
O filme propõe que é mais benéfico pensar na realidade como inter-relações de tudo, que tudo se encaixa num todo, e não que determinadas partes atuem de uma forma ou de outra para definir o todo.
Pedro Henrique Cavalcanti Bezerra
Turma: Economia / 1º Período