Sumaé
O Documento Sumaré foi produzido no III Seminário de Reconceitualização do Serviço Social, realizado na casa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na cidade de Sumaré, no estado do Rio de Janeiro, no período de 20 a 24 de Novembro de 1978.
Nesse seminário, 254 assistentes sociais se reuniram e estudaram diferentes propostas do Serviço Social, bem como criticaram o paradigma tradicional (Positivista). Eles estudaram, nesse seminário, a Cientificidade do Serviço Social, o Serviço Social e a Fenomenologia, e, o Serviço Social e a Dialética. Os estudos dessas temáticas se deram por meio de conferências, estudos em grupo e sessões em plenária.
No entanto, foi a questão relativa à cientificidade que motivou Anna Augusta de Almeida a apresentar uma nova proposta, por ela elaborada, que manifesta seu métodos genérico, baseado no processo de ajuda psicossocial, o qual é obtido através do dialogo entre a pessoa-assistente social e a pessoa-cliente (pessoa usuário).
O diálogo como ajuda psicossocial é um processo em que a pessoa-assistente social e a pessoa-cliente efetivam uma experiência, tomando como ponto de partida a situação existencial problematizada (SEP).
No dialogo, o trabalho que caracteriza a pessoa-cliente, que é sujeito de uma experiência, é a investigação de uma verdade, a qual em Fenomenologia chamamos de essência.
A metodologia do dialogo necessita tanto do conhecimento da pessoa-assistente social quanto do conhecimento de que a pessoa-cliente é portadora, posto que um sem o outro inviabiliza a dialetização crítica e necessária do conhecimento.
A pessoa-assistente social, na ajuda psicossocial é o “homem total”, sujeito racional e livre. A proposta de Anna Augusta exige uma metodologia que possibilite um trabalho em maior profundidade com as personalidades (ser-na-natureza) e uma fenomenologia que possibilite trabalhar em nível de entendimento (o serviço-como-pessoa).
A atitude fenomenológica nos faz reconhecer que cada caso é