sumario executivo
Consolida-se a perspectiva de recuperação mais rápida do que antecipado da economia global e de menor possibilidade de reversão desse processo, mas prevalece o entendimento de que haverá forte assimetria entre os países no que se refere ao ritmo de crescimento. A tendência de consolidação da recuperação é particularmente importante na economia americana, cuja demanda doméstica tem mostrado certo dinamismo, em especial no consumo das famílias, em ambiente em que se reduzem incertezas relativas ao desempenho do mercado de trabalho. As perspectivas macroeconômicas para a Zona do Euro ainda se mostram assimétricas. Embora tenha havido crescimento nos índices de inflação plena ao consumidor nos países do
G3 (Estados Unidos, Zona do Euro e Japão), os núcleos continuam em níveis moderados – a despeito do caráter ainda fortemente expansionista das ações de política econômica, tanto no lado fiscal como no monetário. Nos mercados emergentes, de certa forma, as pressões inflacionárias têm se generalizado.
No Brasil, com foco na estabilidade do sistema financeiro, foram implementadas medidas macroprudenciais no final do ano passado e, comparativamente ao quadro vigente na data de corte do Relatório anterior (10 de dezembro), informações disponíveis evidenciam alterações relevantes tanto nos preços praticados quanto nas quantidades de recursos transacionados no mercado de crédito. O mercado de crédito deve continuar contribuindo, em ritmo mais moderado, para a expansão do investimento e do consumo. De fato, o crédito com recursos livres continua a apresentar desempenho positivo nas operações destinadas às famílias, ressaltando-se os empréstimos consignados e para aquisição de veículos.
A evolução do Produto Interno Bruto (PIB) nos dois últimos trimestres de 2010 e resultados recentes da atividade industrial confirmam a avaliação do Banco Central, expressa nos últimos Relatórios de Inflação, de que as taxas de
crescimento