Suicidio

Bioética e Deontologia

Suicídio

Introdução
O gesto suicida, apesar de ter sito alvo de inúmeros e controversos estudos no âmbito da filosofia, da psicologia, da psiquiatria e da sociologia, continua a ser, quase absolutamente, incompreendido. Para além da multiplicidade de factores envolvidos, o profundo enraizamento social da tradição cristã, que sempre condenou o suicídio, não tem facilitado, também, uma abordagem isenta e racional das causas que conduzem o homem a decidir-se pela sua morte. A própria definição do que é ou não suicídio não é pacifica. Para uns o suicídio é um acto de liberdade, para outros um desejo de autodestruição, uma evasão, um meio de escapar antecipadamente a ameaças e a angustias.

“Destruir o sujeito da moralidade na sua própria pessoa equivale a extirpar do mundo a moralidade na sua própria existência, na medida em que esta depende dele, moralidade que é, no entanto, fim em si mesma; por conseguinte, dispor de si próprio como de um simples meio para um qualquer fim é equivalente a desvirtuar a humanidade na sua própria pessoa, à qual, no entanto, foi confiada a conservação do homem.”
A metafísica dos costumes, Lisboa, 2005

Bioética
Forma de enfatizar os dois componentes mais importantes para se atingir uma nova sabedoria, que é tão desesperadamente necessária: conhecimento biológico e valores humanos.

Definição de Suicídio
“… Auto-destruição, provocada por um acto executado pelo sujeito, com intenção de pôr termo à vida”
Daniel Sampaio Manual de Psiquiatria Clínica, 2009

«Fenómeno complexo, multifacetado que necessita de estudo dos vários factores a ele associados e intervenção sob correcta metodologia objectiva»
Organização Mundial de Saúde

Definição de Para-Suicídio
“… Qualquer acto cometido deliberadamente e que se assemelha a um gesto suicidário, mas que não conduz á morte.”

Daniel Sampaio Manual de Psiquiatria Clínica, 2009

Tentativa de Suicídio
“Gesto autodestrutivo não fatal, isto é, o