Suicidio
Durkheim utilizou sua teoria para explicar, por exemplo, o suicídio. O que aparentemente seria um ato individual, para ele, estava ligado com aquilo que ocorria na sociedade.
Esse pensador compreende a sociedade como um corpo organizado. Assim como a Biologia que compreende o corpo humano e todas suas partes em pleno funcionamento.
O médico Joaquim Monte, em seu livro “Promoção da qualidade de vida” (1997) considera o corpo humano como sendo um “organismo vivo concebido sob forma de uma estrutura que apresenta constituição e função (um conjunto organizado de elementos bióticos de anatomia e fisiologia). A estrutura do corpo humano representa a dimensão orgânica da pessoa: a carne da qual somos constituídos (matéria orgânica com suas características constitucionais e suas propriedades funcionais) e que tem a potencialidade de reproduzir, nascer, maturar, crescer, desenvolver, agir, adaptar, adoecer, sarar e morrer” (p. 257).
É de maneira semelhante que Durkheim entende a sociedade: com suas partes em operação e cumprindo suas funções. E, caso a família, a igreja, o Estado, a escola, o trabalho, os partidos políticos, etc., que são elementos da sociedade com funções específicas, venham a falhar no cumprimento delas, surge no corpo da sociedade aquilo que Durkheim chamou de anomia, ou seja, uma patologia. Assim, como no corpo humano, se algo não funcionar bem, em “ordem”, significa que está doente.
Andar em ‘desconformidade’ com o que seria tido como ideal na sociedade pode ser fator altamente propício ao suicídio no Japão. Não ser aprovado no vestibular ou se endividar podem ser exemplos de ‘desconformidade’ nessa sociedade.
As teorias sociológicas na compreensão do presente 37
Sociologia
A propósito desse tema, Durkheim verificou que existem três categorias de suicídios. Analise-os:
Suicídio Altruísta: ocorre quando um indivíduo valoriza a sociedade mais do que a ele mesmo, ou seja, os laços que o unem à