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Revista Scientific American - por Harvey B. Simon
Sigmund Freud escreveu que a missão do homem na vida é trabalhar e amar. Amor sem proteção ou o excesso dele podem ser perigosos. E quanto ao trabalho? Uma pessoa literalmente pode se matar de trabalhar? Pesquisa da pela lnternational Stress Management Association (Isma)-Brasil - associação que estuda o stress e suas formas de prevenção - mostrou que 94% das mulheres e 74% dos homens brasileiros economicamente ativos sofrem com a sobrecarga de trabalho.
"Níveis elevados de stress estão entre as principais causas desencadeantes de distúrbios funcionais, problemas psicossomáticos e doenças degeneratiivas", afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, representante da seção de saúde ocupacional da Associação de Psiquiatria Internacional e presidente da Isma no Brasil. Segundo ela, 70% dos profissionais sofrem as conseqüências do stress, tanto na saúde quanto nas relações pessoais e profissionais. Desse total, 30% são vítimas do burnout . A estimativa é de que os gastos com medicamento e seguros em decorrência de problemas de saúde causados pelo stress cheguem a quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB).
Os dados serão discutidos este mês no VI Congresso de Stress da Isma-BR e no VIII Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, em Porto Alegre. A pesquisa foi apresentada no fim do ano passado, durante o XIII Congresso Mundial de Psiquiatria, no Egito. Participaram do estudo 586 colaboradores - homens e mulheres - de quatro empresas de abrangência nacional, de três cidades brasileiras. Pela primeira vez foram diferenciados os fatores estressores para cada sexo. As principais preocupações masculinas dizem respeito às incertezas quanto a continuar ou não empregado e às chances de crescer