Suco do Bem
Atendendo aos desejos emocionais do consumidor
Se há alguma coisa no futuro pela qual certamente a nossa sociedade será reconhecida, ela já tem nome e sobrenome: a globalização. Explica-se: a partir do final da década de 80, mais precisamente depois da queda do muro de Berlin em 1989, o mundo tornou-se menor, não geograficamente claro, mas no acesso das pessoas e das empresas
a diferentes produtos de diferentes mercados, algo impossível nas decadas
anteriores no quais estes mesmos mercados estavam limitados geograficamente em função dos altos custos de transporte e do fluxo da informação. Não é demais lembrar que o fenômeno da internet somente ganhou força a partir dos anos 90 quando a banda larga ficou mais barata e tornou mais democrático o acesso das pessoas à rede mundial de computadores em alta velocidade. A este mundo “antigo” Kaplan e Norton1 deram simplesmente o nome de Economia Industrial no sentido que às empresas do período para serem competitivas bastavam ser capazes de transformar matérias primas em produto acabado e colocar no mercado, ou seja, neste cenário o foco era a venda e a atenção das empresas estava focada no desenvolvimento de produtos com capacidade e atender às necessidades utilitárias dos consumidores, quando muito. Na medida em que o transporte de coisas e pessoas tornou-se mais barato e menos sujeito a toda ordem de entraves, como impostos de importação, exigências de vistos, etc., e o acesso das pessoas à informação mais democrático através da internet, televisão a cabo, telefonia celular, apenas para ficar no óbvio, o mundo claro, mudou! Hoje o consumidor tem mais opções de compra e agora também quer satisfazer as suas necessidades hedônicas ou emocionais. David Harvey 2 e outros estudiosos da pós modernidade afirmam que ao contrário de se criar uma sociedade global, pasteurizada, uniforme em seus interesses, a globalização na verdade mostrou a diferença entre