Subcentro em Pelotas
GLUSZEVICZ, Ana Cristina1
VIEIRA, Sidney Gonçalves2
1 INTRODUÇÃO
A composição do aparelho comercial e sua organização resultam de um intenso processo de formação do espaço onde intervêm diversos processos de ordem global e local. Apesar de se admitir que as forças de ordem global que afetam o comércio varejista manifestam a sua presença em qualquer escala, só poderão ser compreendida de maneira adequada a partir da análise dos condicionantes locais, pela análise do poder de mediação dos lugares. Dessa forma, aparecem os espaços locais, apoiados na pequena empresa e em capitais da região.
A área central de Pelotas concentrou os estabelecimentos comerciais e de serviços, com maior diversidade de ofertas de bens e produtos. Porém, vem desenvolvendo-se uma dispersa distribuição de estabelecimentos destinados à satisfação das necessidades imediatas da população, rumo às centralidades diferenciadas em áreas periféricas da cidade. Reconhecemos com facilidade as concentrações significativas de comércio, alargando-se à Zona Norte do Centro de Pelotas e centralizando-se no “Bairro-cidade”: Fragata, recorte espacial da análise, porém, no caso de Pelotas, se desconhece aspectos organizacionais e de composição quantitativa dos setores comerciais e de serviços. Há carência de análise evolutiva e de modernização do espaço comercial, bem como, da distribuição dos estabelecimentos pelos diferentes ramos de atividades, o que poderia fornecer uma imagem da capacidade do aparelho comercial.
2 METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS)
Este estudo orientou-se por procedimentos metodológicos, em destaque:
1) Adotou-se a metodologia desenvolvida na Escola de Liége por Spork (1964) e Mérenne-Schoumaker e Browet (1993), a fim de caracterizar o aparelho comercial urbano, sua composição e organização, que dá suporte a uma análise que permite identificar o número de lojas, sua