subaternanização da mulhae na sociedade
É claro que, historicamente, nem todas as sociedades subalternizaram as mulheres e nem todas as mulheres se deixaram subalternizar. Há muitos exemplos de mulheres que romperam com os papéis sociais a elas atribuídos segundo os padrões da sua respectiva cultura. Desde mulheres proeminentes, de classes elevadas e médias, que ocuparam espaços públicos, até mulheres de classes sociais pobres que, premidas por suas condições de vida, também adentraram ao espaço público, no mundo do trabalho. O documentário enxerga e reflete uma realidade esquecida por grande parte da sociedade, a desigualdade entre mulheres e homens no universo do trabalho. Especialmente a divisão do trabalho doméstico, responsável por alimentar uma cultura patriarcal de opressão e de exploração que diz que o lugar da mulher é dentro de casa, a serviço do bem estar material e pessoal da família e da sociedade.O trabalho precário, o informal e o emprego doméstico são os que mais comportam mulheres em um mundo que possui a maioria da população pobre. Por que o trabalho das mulheres não é reconhecido e valorizado?
Mulheres e o Mundo do Trabalho apresentam as experiências de vida da brasileira Eliane, Sandra, Cátia e Angélica; trabalhadoras do Rio de Janeiro que conheceram visões mais simples e justas sobre a economia, e cultivaram atitudes transformadoras em suas relações profissionais, sociais, econômicas e pessoais.
As imagens de gênero que se estabelecem a partir do trabalho endurecedor, da degradação da sexualidade e da marginalização social, irão reproduzir até os dias de hoje a desvalorização social, estética e cultural das mulheres negras e a supervalorização no imaginário social das mulheres brancas, bem como a desvalorização dos homens negros em relação aos homens brancos. Isso resulta na concepção de mulheres e homens negros enquanto gêneros