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Infelizmente, ainda somos resistentes a aprender com os erros passados. Incêndios de causas semelhantes já ocorreram no Brasil e no exterior, como já noticiado pela mídia.
Diversos membros deste Grupo já atuavam na área da segurança contra incêndio quando ocorreram as tragédias dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974). Do último, resultou um Simpósio Nacional sobre o tema, organizado pela Câmara Federal, e que apontou deficiências na área de segurança contra incêndio, as quais deveriam ser equacionadas à época, para que tragédias como aquelas não mais se repetissem.
Com foco maior nos edifícios elevados, evoluíram desde então, em especial a regulamentação pública e as normas técnicas, tornando-os mais seguros. Incêndios anteriores e semelhantes haviam ocorrido no exterior, sem mobilizar a sociedade brasileira. Infelizmente, houve a necessidade de dois casos de incêndio graves “em casa” para que essa mudança ocorresse.
A recente tragédia ocorrida na boate Kiss repetiu, com grande semelhança, a ocorrida na casa de espetáculos The Station, nos EUA, em 2003, com 100 mortes. Na Argentina, em 2004, a danceteria Cromagñón teve incêndio iniciado da mesma forma. Foram 194 mortes. Há outros exemplos no Brasil e mundo. Mais uma vez vamos nos mobilizar para que tragédias como essa nunca mais ocorram.
É possível evitar tragédias semelhantes? Sim. Mas não é tão simples, pois normalmente os grandes acidentes decorrem de uma sucessão de falhas. Esse não foi diferente. Aparentemente contribuíram para a tragédia: atitude temerária de empregar artefato pirofórico em um ambiente confinado; rápida propagação do incêndio (chamas e fumaça) pelo forro, constituído de material inadequado; falhas no gerenciamento da situação de emergência; falha do equipamento de resposta