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Ser oficial das forças armadas na Alemanha de Hitler não era fácil. É que para ser soldado do Fuehrer (chefe, nome dado a Hitler) e participar das ações militares alemãs, era preciso ser nazista filiado ao Partido Nacional Socialista, ser inimigo dos judeus, de negros,ciganos e não fumar. Quando chegou ao poder, o todo poderoso Adolf tinha sido cabo do exército austríaco. Foi expulso e viajou para a Alemanha. Aí se envolveu em diversas lutas de rua, com agitadores políticos e acabou na cadeia. Escreveu o livro "Mein Kampf", Minha Luta, falando sobre guerrilhas urbanas e projetos militares para chegar o poder. E quando chegou incendiou a nação inteira. Ele sabia conquistar as pessoas de forma espantosa, inclusive conseguindo atrair grandes empresários, militares, políticos tradicionais do país e muito mais a juventude. As mulheres soluçavam e caiam em seus braços nos comícios em Berlin,Hamburgo e todos os lugares da Alemanha e Europa. Em todas as reuniões das quais participava, Hitler empolgava a todos com seus discursos inflamados, predominando o seu nacionalismo ferrenho, seu patriotismo contundente. Até o marechal de campo, Erwin Rommel, guerreiro da batalha na África, que passou a ser conhecido como "Raposa do Deserto", dizia à sua mulher, Lucie Maria Mollin, que não conseguia se livrar de Hitler. Queixava-se que algo naquele homem o atraia e não tinha como se desvencilhar dele. Himmler era outro que tinha o seu Fuehrer como um verdadeiro deus. Com quase todos os oficiais a situação era idêntica. Ao que tudo indica, esse foi outro fator que contribuiu na seleção dos oficiais das três armas. Hermannn Goering, ministro da Força Aérea, gordo e incompetente, chegava chorar de medo de uma punição da parte do Fuehrer. Em compensação, havia outros que não temiam seu chefão, como foi o caso do coronel conde Stauffenberg, autor do atentado contra Hitler, na Operação Valquíria, na qual ele e outros cinco mil oficiais foram assissinados e esquartejados, Paull