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CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
Nosso intelecto criou um novo mundo que domina a natureza, e ainda a povoou de máquinas monstruosas. Estas máquinas são tão incontestavelmente úteis que nem podemos imaginar a possibilidade de nos descartarmos delas ou de escapar à subserviência a que nos obrigam. O homem não resiste às solicitações aventurosas de sua mente científica e inventiva, nem cessa de congratular-se consigo mesmo pelas suas esplêndidas conquistas. Ao mesmo tempo, sua genialidade revela uma misteriosa tendência para inventar coisas cada vez mais perigosas, que representam instrumentos cada vez mais eficazes de suicídio coletivo.
CARL G. JUNG

Em sua relação com o ambiente, o homem desenvolve seus sentidos, transforma o seu entorno natural e constrói seu hábitat, adaptando-o às mais diversas condições ambientais, criando uma nova dimensão, a cultural, que permite que [...] o homem e seu meio ambiente participem da formação um do outro (HALL 1977: 15).
Enquanto sua dimensão sensorial evolui, sua termofisiologia é, basicamente, a mesma de seus ancestrais. Enquanto seu comportamento termofisiológico é bastante conhecido, o homem continua [...] incapaz de controlar os seus humores e emoções, ou de tornar-se consciente de inúmeras maneiras secretas pelas quais os fatores inconscientes se insinuam nos seus projetos e decisões [...] (JUNG s/d: 83).
“À medida que aumenta o conhecimento científico diminui o grau de humanização do nosso mundo, [...] o homem sente-se isolado no cosmos porque, já não estando envolvido com a natureza, perdeu a sua “identificação emocional inconsciente” com os fenômenos naturais. E os fenômenos naturais, por sua vez, perderam aos poucos as suas implicações simbólicas.” (JUNG s/d: 95)

Em sua concepção racionalista, o homem protege-se desta cisão do seu ser através de uma “psicologia dos compartimentos”, que separa e conserva em gavetas incomunicáveis certas aspectos de sua vida

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