Srta.,
Farmacologia no idoso
Farmacocinética
ABSORÇÃO O envelhecer provoca, no TGI, alterações com potencial de interferência na absorção. Entretanto, alterações de absorção relacionadas com a idade não são encontradas em todos os idosos. A utilização da mucosa oral apresenta vantagens, além de ser confortável e conveniente. Entretanto, falhas de dentição, disgeusia, atrofia da mucosa oral, podem levar a alterações de absorção de medicamentos de uso bucal ou sublingual. Alguns distúrbios na deglutição propiciam risco de lesões no esôfago e início de degradação do fármaco antes do seu local correto de absorção. Há aumento do pH gástrico, interferindo na ionização e na solubilidade de certos medicamentos. A idade diminui a motilidade gastrintestinal, prolongando o tempo de absorção e aumentando a degradação do relacionada com a ação do HCl. As reduções na superfície da mucosa gastrintestinal e de seu fluxo sanguíneo retardam a absorção de vários fármacos. DISTRIBUIÇÃO Há aumento do tecido adiposo com a idade; sendo assim, os medicamentos lipossolúveis acumulam-se e são liberados mais lentamente, aumentando tempo de meia-vida. Assim, é necessária maior dose do medicamento lipossolúvel. Há diminuição da água corporal total com a idade; sendo assim, os medicamentos hidrossolúveis apresentam baixo volume de distribuição com altas concentrações plasmáticas e efeitos mais potentes. Assim, é necessário doses menores. Em quadros de desnutrição ou algumas doenças, há diminuição da concentração de albumina no sangue, aumentando a fração livre de alguns fármacos e aumentando o risco de toxicidade medicamentosa. METABOLISMO A biotransformação é a transformação de medicamentos em metabólitos pelo fígado. O envelhecimento provoca alterações nesse órgão, diminuindo sua reserva funcional e o metabolismo de fármacos. Há, então, menor depuração medicamentosa e maiores concentrações séricas de vários fármacos, intensificando seus efeitos. O envelhecimento