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Teoria Microeconômica – Unidade 1 – Crítica à Concorrência Perfeita
(Texto-base: Sraffa, 1982 -orig: 1926- “As Leis dos Rendimentos sob Condições de Concorrência”)

1. Introdução

. Consenso em torno da determinação do preço (moderna teoria do valor) com base na simetria entre oferta e demanda;
. “Ponto obscuro”: a curva de oferta, que é baseada nas leis dos rendimentos crescentes e decrescentes (rendimentos não-proporcionais);
. Princípio aglutina a Lei dos Rendimentos Decrescentes (Ricardo) com a Lei dos Rendimentos Crescentes (Smith); Ambas foram deslocadas de seu contexto teórico original e aplicadas à questão da formação de preços, com o objetivo de obter uma curva simétrica à curva de demanda;
. A existência de equilíbrio em concorrência requer que os rendimentos crescentes sejam contrabalançados pela ação dos rendimentos decrescentes.

2. Modificação (Adequação) feita nas Leis dos Rendimentos

. Lei dos rendimentos decrescentes: Generalizou-se o caso particular da terra para todos os casos com um fator de produção fixo;
. Lei dos rendimentos crescentes: a) Restringiu-se o papel da divisão do trabalho (social); b) Abandonou.se o papel da divisão do trabalho (interna);
c) incentivou.se a importância das “economias externas” (ou externalidades);
. Dificuldade para analisar os rendimentos em uma indústria: Quanto mais ampla a definição, maior o papel dos rendimentos decrescentes; Quanto menor o tempo para o ajuste, maior probabilidade de rendimentos decrescentes.
3. Incompatibilidade das Leis de Rendimentos com as Condições de Concorrência

. Crítica mais decisiva (“dificuldade mais séria”): há inconsistência de cada uma das referidas leis com outros aspectos da teoria: o conceito de concorrência perfeita e a análise do equilíbrio parcial
. Concorrência perfeita: condições de oferta e demanda de uma mercadoria são independentes: a) entre si; e b) entre condições de outras mercadorias;
. Na realidade, maioria dos casos: