Spitz
O PRECURSOR DO OBJETO
A Reação de Sorriso
No inicio do segundo mês de vida, o bebê começa a isolar e distinguir a face humana do plano de fundo.No terceiro mês, este “volta-se para”, em resposta ao estímulo da face humana, o progresso da maturação física e do desenvolvimento psicológico do bebê permite-lhe usá-lo para a expressão que responderá à face com um sorriso. O sorriso é a primeira manifestação comportamental, o primeiro indicador da transição de completa passividade do bebê para o início do comportamento ativo.
Foi pesquisado uma população de 145 crianças, desde o nascimento até doze meses de idade. E estabeleceu-se que a reação de sorriso aparece como uma manifestação comportamental numa etapa específica do desenvolvimento do bebê, entre dois e seis meses de idade.
Resultados Experimentais
A reação de sorriso do bebê, no terceiro mês de vida, seu reconhecimento da face humana, não indicam uma verdadeira relação objetal. O bebê não percebe um parceiro humano, mas apenas um sinal. No qual este sinal é fornecido pela face humana, que é uma gestalt privilegia que existe nela, que consiste de testa, olhos e nariz, o todo em movimento. Este resultado tem sido, desde então, confirmado pelas pesquisas de Rolf Ahrens(1954).
O sorriso do bebê, entre três e seis meses, não é provocado pela face de um ser humano, mas por um indicador gestáltico, um sinal gestáltico. Isso se for relacionado ao sistema da teoria psicanalítica, é evidente que o sinal gestáltico não é um verdadeiro objeto; por isso foi denominado pré-obejto. O que o bebê reconhece neste sinal gestáltico são atributos secundários, externos e não essenciais.
O reconhecimento de uma face individual é um desenvolvimento posterior, levará de quatro a seis meses antes que o bebê se torne capaz de distinguir uma face entre as muitas.É o indicador aparentemente visível do processo intrapsíquico de formação objetal, a parte observável do processo de estabelecimento de um objeto