Spitz observa o trabalho
O adulto humano possui uma imagem do mundo. Sinais, visuais ou não, são reconhecidos e, geralmente, não provocam reações de confusão. O recém-nascido, pelo contrário, não tem essa imagem formada. Todos os estímulos são inéditos, logo sinais não são reconhecidos porque ainda não foram estabelecidos na memória do bebê. Esse processo de dotar os estímulos é gradual, porque é extremamente significativo e importante. Nele o bebê constrói, a partir de sensações fornecidas pelas experiências, uma imagem do mundo.
O bebê não é comparável ao adulto. Sua fisiologia é diferente, bem como suas sensações, suas reações físico-químicas, sua maneira de vivenciar no ambiente que o cerca. (SPITZ, 1979).
No começo da vida, durante os primeiros meses, o bebê é protegido dos estímulos pela chamada barreira do estímulo. Um dos componentes que formam essa barreira é o ambiente fornecido pela mãe. Durante as visitas ficou visível o zelo de Ana com Júnior. Se ele precisava ter as fraldas trocadas, logo ela o fazia, se ele sentia fome, ela fornecia a mamadeira, se os pezinhos estivessem gelados, meias eram colocadas pela mãe. Ana tem sua atenção dividida entre o bebê e os outros filhos pequenos. Júnior possui um cercadinho onde fica protegido e onde ela pode cercá-lo e manter um diálogo com ele. Todas as ações de Ana durante o atendimento das necessidades de júnior causam um alívio de tensão no bebê, parar a fome ou tirar o frio, assim como o cercadinho protege júnior de estímulos.
Durante o primeiro mês de vida, o bebê não consegue fazer distinções entre tudo que o rodeia, sejam coisas ou pessoas. No segundo mês, ele começa a aprender a isolar o rosto humano das “outras coisas do ambiente”, e a dirigir a ele sua completa atenção. No terceiro mês, o bebê passa a controlar uma pequena parte de seu equipamento somático, e passa a usá-lo como uma réplica à visão do rosto humano. Essa resposta é o sorriso.
Segundo testes realizados por