spinoza
Pesquisador atento dos textos bíblicos, do Talmude (texto fundamental dos rabinos) e de obras essenciais da cultura hebraica, Spinoza investigava igualmente os escritos de grandes filósofos ocidentais, como Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros.
Foi o primeiro pensador a propor a interpretação histórica dos textos bíblicos. Seus ideais eram libertários, defendia o regime democrático, criticava a monarquia e escreveu sobre o direito à liberdade de consciência e expressão, sustentando como pré-requisito para tanto a existência de um estado laico (estado oficialmente neutro em relação às questões religiosas).
Estudou a teoria rabínica, latim, grego e filosofia cartesiana com Franciscus van den Enden, ex-jesuíta que se torna ateu. Cresce livre-pensador e faz interpretações da Bíblia desaprovadas pelas autoridades religiosas judaicas.
No contexto da sociedade holandesa imperava a intolerância, ameaçando as relações com a alteridade (todo o homem social interage e interdepende do outro). Assim sendo, o filósofo adiou a publicação de seu clássico “Ética”, lançando o Tratado Teológico-Político sem assumir publicamente sua autoria, em 1670.
Durante algum tempo, de 1654 a 1656, ele trabalhou à frente dos negócios familiares. Neste ano, porém, ele foi excomungado na Sinagoga Portuguesa de Amsterdã, sob a alegação de ter cometido heresia.
Spinoza acreditava que Deus era a base e a essência que movia o Universo, e que os textos bíblicos nada mais eram que símbolos, os quais dispensam qualquer abordagem racional. De acordo com sua visão, os textos aí