Spider
A mãe de Dennis, o chama carinhosamente de Spider, pois a história preferida dele é aquela que a mãe conta sobre as aranhas e suas teias.
É interessante refletir que a aranha usa as teias para se proteger e depois que termina de tecer seu casulo, ela fica vazia e morre, e percebemos uma relação com a vida de Spider, quando ele usa cordas para simular uma teia em seu quarto, esse é o modo de proteção que ele encontra.
Inicialmente, a vida dele parece ser de um garoto comum, mas uma sucessão de fatos muda essa história quando sua mãe pede para ele ir chamar o pai no bar para jantar. Ao chegar lá, uma prostituta começa a caçoar de Spider e mostra o seio para ele, o menino introjeta esse ato de forma maternal .
Logo após o jantar, o pai e a mãe de Spider saem para passear e namorar, quando ele vê seus pais trocando caricias no portão de casa, Spider fica chateado em seu quarto, com isso conseguimos perceber a não resolução do complexo de Édipo.
Essa relação com a teoria de Klein é muito forte, pois Spider entende que sua mãe é o seio bom, que lhe proporciona amor, carinho e afeto, mas a prostituta do bar que lhe mostra o seio, é representada como o seio mal, aquele que só causa coisas ruins.
Spider, por ser um esquizofrênico, vive na posição esquizo paranoide, que é aquela que faz a cisão do ego, ou seja, nas fantasias dele, a mãe é uma pessoa e a prostituta é outra, mas em um certo momento do filme, fica claro que as duas eram a mesma pessoa, Spider percebe isso em uma rápida passagem para a posição depressiva que de acordo com Klein e quando ele consegue perceber que a mulher que ele depositava o amor é a mesma que ele