Spartanos
A primeira referência aos espartanos em combate está na Ilíada, onde participam juntamente com os outros contingentes gregos. Como o resto dos exércitos micênicos, era composto em sua maior parte por soldados de infantaria, equipados com lanças curtas, espadas e o dyplon, um pequeno escudo arredondado de bronze. Este era um período de guerras heróicas, onde táticas de combate eram simples, frequentemente não consistindo de mais que uma simples investida dos dois grupos de soldados, e onde era comum que se combatesse até a morte - era comum que exércitos inteiros fossem perseguidos e mortos após uma debandada.4 Na tradição do combate heróico, tal como retratado por Homero, o arco era tido como um instrumento pouco masculino:
é decoroso [a um jovem] jazer trespassado no solo fecundo; belo de ver é ele sempre, apesar de sem vida encontrar-se.5
– Homero, Ilíada
Carros de guerra eram utilizados pela elite, porém ao contrário de seus equivalentes nas civilizações antigas do Oriente Médio, parecem ter sido usados apenas para transportar os guerreiros, que desceriam deles para combater a pé, e então embarcariam neles para abandonar o campo de batalha. Alguns relatos, no entanto, mostram combatentes arremessando suas lanças de cima do carro.6
Reformas do período arcaico e expansão[editar | editar código-fonte]
A Esparta micênica, como boa parte da Grécia, logo se viu envolta nas invasões dóricas, que colocaram um fim à Civilização Micênica e trouxeram o início da chamada "Idade das Trevas grega". Durante este período, Esparta ou Lacedemônia era apenas uma vila dórica às margens do rio Eurotas, na Lacônia. No início do século VIII, no entanto, a sociedade espartana se transformou. As reformas, creditadas pela tradição posterior à figura (possivelmente mítica) de Licurgo, criaram novas instituições e estabeleceram a natureza militar do Estado espartano.7 Esta "constituição de Licurgo" permaneceria