Spartacus
De acordo com vagas referências de autores romanos (Apiano, Floro e Plutarco), Espártaco era de origem trácia2 3 e, por ter desertado de uma tropa auxiliar do exército romano, foi capturado e reduzido à escravidão. Devido à sua força física, foi comprado por um mercador a serviço do lanista 4 , Lêntulo Batiato, e levado para a escola de gladiadores de Cápua, na Campânia (Itália).
Sobre ele, dizem os autores antigos:
Plutarco: "Era um homem inteligente e culto, mais helênico do que bárbaro" 5 Floro: "... mercenário da Trácia, admitido em nosso exército, soldado desertor, bandido promovido a gladiador por sua força" 6
Em 73 a.C., cerca de duzentos escravos da escola de Batiato revoltaram-se, devido (segundo Plutarco) aos maus-tratos que recebiam do lanista, e armados apenas com facas de cozinha, atacaram os guardas da escola. Ainda segundo Plutarco, setenta e oito deles (ou apenas trinta, segundo Floro) conseguiram fugir. No caminho, depararam-se com umas carretas carregadas de armas usadas pelos gladiadores, apoderando-se delas. Com esse armamento, repeliram a guarnição de Cápua, enviada para capturá-los.
Roma então organizou a primeira expedição contra os revoltosos. À frente de três mil homens, o pretor romano Caio Cláudio Glabro sitia-os em seu forte, um outeiro de subida penosa e estreita rodeado de altos rochedos talhados a pique, tendo no cimo grande quantidade de videiras selvagens. Sendo a subida guardada por Cláudio, os sitiados cortaram os rebentos mais longos e fortes de tais videiras, fizeram com eles compridas escadas que roçavam a planície, e, amarrando-as no alto, por