sou surda e não sabia
O filme mostra a história verídica de uma Surda chamada Sandrine que assim como muitas outras nascem em uma família em que os pais são ouvintes. Retrata as visões das pessoas que às vezes os consideram diferentes, outros deficientes. É interessante o depoimento dela referente aos outros sentidos, como olfato, tato e visão, que faz que mesmo sem ela escutar perceba e entenda o mundo a sua volta.
Como a descoberta de sua surdez foi “tardia” Sandrine relata que foi criado um grande elo entre ela e seus pais. No filme há uma reflexão de como o modo de diagnostico é organizado atualmente, sua lógica leva a crer que a surdez é uma doença, que tem cura e possa ser tratada. Nega-se a surdez.
Sandrine conta que depois que seus pais confirmaram a surdez já não a tratavam da mesma forma, algo tinha mudado. Na escola integrada ela se perdeu completamente, foi um fracasso. Com 9 anos ela teve envolvimento com outros surdos e sua solidão acabou no Institutos para surdos. Pela primeira vez na vida, consegue ter amigos.
Posteriormente ela negligencia qualquer outra forma de comunicação que não seja a linguagem dos sinais, pois a mesma considera como a melhor forma de interagir com as outras pessoas, de se constituir e fazer parte da Identidade e cultura Surda.
No final do documentário é apresentado a comemoração do Dia Mundial dos Surdos, onde mostra-se a cultura. Surdos utilizando celulares, fazendo gestos da canção do Dia
Mundial dos Surdos pelas ruas. A federal foi reconhecida pela ONU como Associação
Internacional não Governamental, que representa aproximadamente 70 milhões no mundo. A missão é promover os direitos humanos na comunicação dos surdos, o direito à linguagem de sinais, à educação, à informação.