Sorriso
Cinema em sala de aula: enrolação? Falta de planejamento? Professor substituto? Para passar o tempo? Essas eram e são algumas conotações que a utilização de filmes, em sala de aula, ganhou em meio a professores os quais não dominam a técnica e nem a didática de como trabalhar com películas na escola. Assim, percebe-se a falta de preparo na formação dos professores, uma vez que, nem sempre estes conseguem utilizar os diversos recursos metodológicos de forma eficiente e eficaz em sala de aula, e mais do que isso, raramente, em suas aulas, utilizando-se diariamente do cinema como possibilidade de reflexão.
Em termos nacionais, é notável a desvalorização progressiva que vem ocorrendo com o professor, muitas vezes sendo visto como profissional de questionável qualidade, em meio a um emaranhado de dificuldades de formação, de condições de trabalho, com salários mal remunerados, dentre outros.
Esse profissional da educação, como ser crítico e consciente, deverá não só participar de uma reflexão com seus pares, mas deve levar tais reflexões até seus alunos possibilitando a oportunidade de que eles possam fazer análises constantes das propostas implícitas nas situações que a vida lhes oferece.
Masetto, (1994), apud Bebrens, (1996), apresenta uma perspectiva ampliada, que se refere ao professor em relação a si mesmo, propondo: a busca de um desenvolvimento pessoal e profissional pautado na reflexão.
Significa questionar profundamente as próprias posições filosóficas, epistemológicas, políticas e ideológicas, significa entender-se como ser histórico e perguntar-se sobre suas intencionalidades, o que é diferente de simplesmente discutir, informar-se, polemizar. (PIMENTEL, 1993, p. 37 apud BEBRENS, 1996, p. 38)
Criar uma nova postura do professor em relação ao aluno é outra reflexão que deve ser realizada e implica descobrir caminhos no processo pedagógico.
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