Sono
Registra-se, nos países industrializados, uma tendência para o aumento do percentual de mão-de-obra envolvida com trabalho em turnos, ou seja, com jornada diária de trabalho organizada em diferentes horários ou horário constante, porém incomum (Rutenfranz et al., 1989).
Embora o trabalho em turnos seja visto por muitos como uma solução natural para o problema da manutenção de atividades durante 24 horas (Krieger, 1987), essa organização dos horários de trabalho, levando em conta, basicamente, razões técnicas e econômicas, conflita-se com os ritmos biológicos (Minors & Waterhouse, 1985), familiares e com os da comunidade (Aschoff et al., 1971), originando prejuízos para a saúde e a vida social dos trabalhadores (Couto & Fischer, 1987; Ferreira, 1988).
Atualmente, observa-se que o trabalho em turnos está em constante expansão, em virtude das novas necessidades da população e do próprio mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e globalizado. Diante desses motivos, é provável que exista uma grande variedade de modalidades praticadas pelo sistema de trabalho em turnos e as variadas escalas de folga.
A demógrafa americana Harriet Presser (1999), ao apontar os efeitos do trabalho em turnos na sociedade, comenta os principais fatores que influenciaram o aumento do trabalho realizado além dos tradicionais horários diurnos e nos fins de semana: as rápidas mudanças que ocorreram nos processos tecnológicos, as características demográficas das populações, a globalização econômica.
Estudos mostram que as alterações mais freqüentemente observadas em indivíduos com trabalho em turnos referem-se ao sono, alimentação, saúde e qualidade de vida (Åkerstedt & Torsvall, 1978). .
1.1. Objetivo
O objetivo desta monografia é fazer uma revisão bibliográfica sobre estudos relacionados ao Sono e a Qualidade de Vida do Trabalhador em turno.