Sonia Rangel
A autora trata no livro do objeto poético e faz um ensaio sobre seu trajeto criativo, realizado após a pesquisa dela como professora e artista onde sempre buscou processos criativos que gerassem novos ciclos de obras, poemas, utilizando autores que para inspirar esse movimento criador.
A psicocrítica de Charles Maron inspira a autora a definir as configurações como instrumento para identificar articulações, que a autora denomina de “aparição”. As instalações e encenações criadas pela autora são concebidos como trajetos, percursos, que constituem seu “Olho Desarmado”.
Partindo depois de Ítalo Calvino, apresentada a ideia de “visibilidade” como corpus do pensamento. Somando os conceitos de jogo, imagem e memória que “constelam, articulam e permeiam a emergência das configurações e formatos materializados”. A “visibilidade” é o princípio criador, do possível e do impossível. Outros autores entram no “jogo” da autora, Huizinga e Caillos (jogo fundamento da cultura) e Durand e Bachelard (imagem – conhecimento).
Os objetos do trabalho são a imagem, a memória e o jogo, que definam suas escolhas e construções. Imagem como material direto para o poeta, Levi Strausss e Barthes são citados neste argumento.
A Poética do espaço de Bachelard auxilia a autora no conceito de imagem que neste sentido é produto direto da imaginação, potência maior da natureza, reafirmando imagem como conhecimento.
As hermenêuticas redutoras (nível do signo) e instauradoras (nível do signo) de Durand (Imaginação Simbólica) fornecem o estudo do caminho, mas Jung o precede nessas formulações afirmando que não considera o símbolo em sentido semiótico, alegórico, e som como melhor designação de um objeto não perfeitamente identificável. Mas é nessas linhas instauradores de Durand (não-arbitrário, não-convencional) que a autora vai se inspirar.
Para a autora, no que tange a memória, não fazer comparações vida-obra para recompor