sonho

Pode-se dizer que o teatro é uma entrega à uma outra dimensão da realidade. O real, no teatro, é por um momento um não-ser, para se fazer de outra coisa. É sonho, ilusão. Mas como os sonhos são tão ilusórios e carregam na sua fantasia verdades sobre o que sentimos, o que desejamos e quem somos, o teatro, como arte, é um sonho lúcido, manipulável, sendo uma realidade suspensa.
A despreocupação do dramaturgo, Shakespeare, com as normas clássicas, que os alemães consideravam tão limitantes, foi inspiradora. Escritores como Friedrich von Schiller e Goethe criaram seus próprios dramas inspirados nele. Faust contém muitos elementos shakespearianos, além de imitar todas as qualidades que iam de encontro ao teatro clássico. Para os românticos, ele era a essência da poesia folclórica, o grande defensor da fé na criatividade espontânea. Grande parte da dramaturgia europeia do século XIX foi influenciada por ele, onde pintores criavam ilustrações para suas cenas e compositores baseavam-se em óperas e poemas orquestrais em suas narrativas. Nessa época do Romantismo, onde rompem com a literatura clássica nacional e ao mesmo tempo, surgindo para romper com os valores clássicos, expressa sentimentos exageradamente, nega o presente e sempre volta ao passado. Teve desenvolvimento cultural com a chegada da família real, criando uma identidade nacional (afirmação da nação de pátria). A realidade era retratada como queria, de modo subjetivo (o mundo é filtrado através de uma ótica pessoal, é a libertação do mundo interior), tem por objeto a fantasia, um mundo novo, idealizado que, muitas vezes, se opõe às leis do mundo real. Mergulha no próprio ‘’eu’’, numa linguagem subjetiva e emocional (ênfase no mundo interior); Fuga da realidade presente para o mundo idealizado, criando à sua imagem à base do sonho (escapismo); Atitude sentimental, emotiva e sonhadora. Os personagens eram caracterizados de modo esquemático e sob o aspecto maniqueísta. O amor era idealizado, eterno e