Soneto De Quantas Graças tinha a Natureza versificado de Luís Vaz de Camões

356 palavras 2 páginas
De quantas graças tinha, a Natureza

De/ quan/tas/ gra/ças/ ti/nha, a/ Na/tu/re/za A
Fez/ um/ be/lo e /ri/quís/si/mo/ te/sou/ro, B
E/ com /ru/bis/ e /ro/sas/, ne/ve e ou/ro, B
For/mou/ su/bli/me e an/gé/li/ca/ be/le/za. A

Pôs/ na/ bo/ca os/ ru/bis/, e/ na/ pu/re/za A
Do/ be/lo/ ros/to as/ ro/sas/, por/ quem/ mou/ro; B
No/ ca/be/lo o/ va/lor/ do /me/tal/ lou/ro; B
No/ pei/to a/ ne/ve em/ que a al/ma/ te/nho a/ce/sa. A

Mas/ nos/ o/lhos/ mos/trou/ quan/to/ po/di/a, C
E/ fez/ de/les/ um/ sol/, on/de/ se a/pu/ra D
A/ luz/ mais/ cla/ra/ que a/ do/ cla/ro /di/a. C

En/fim/, Se/nho/ra, em/ vos/sa/ com/pos/tu/ra D
Ela/ a a/pu/rar/ che/gou/ quan/to/ sa/bi/a C
De ou/ro/, ro/sas/, ru/bis/, ne/ve e/ luz/ pu/ra. D

1² PARTE
Os versos podem ser classificados como tradicionais pois apresentam o mesmo número de sílabas e mesma sequência rítmica.
Como o poema é um soneto, ele apresenta dois quartetos e dois tercetos. Todo os versos são decassílabos, com excessão do 3ª verso da primeira estrofe, onde o verso é eneassílabo.
Em relação as rimas, as da primeira estrofe são todas pobres e raras, por serem da mesma classe gramatical(substantivos) e serem palavras com pouca possibilidade de rima.
As rimas da segunda estrofe são classificadas também como pobres e raras, pois são adjetivos e tem pouca possibilidade de rima.
As rimas da terceira e quarta estrofe são ricas, por serem de classes gramaticais diferentes, e raras, por ter pouca possibilidade de rima.
Em relação a disposição, as rimas da primeira e segunda estrofe são intercaladas e as rimas da terceira e quarta estrofe são alternadas.
Em relação a posição da sílaba tônica, todos os versos são graves, por terminarem com palavras paroxítonas.

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