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Publicado por Marcos Pili Palácios
Em 23 de fevereiro, 2009
O aumento crescente da complexidade dos negócios, advindo do processo de globalização e da velocidade das inovações tecnológicas e da informação, impõe ao empresariado uma nova maneira de realizar suas transações. (ASHLEY, 2002, p. 3).
O entendimento da relação complexa que existe entre as empresas e a sociedade, incluindo comunidades, empregados, governos, e até outras empresas, concerne ao estudo da responsabilidade social de empresas. (OLIVEIRA, 2008, p. 2).Cada vez mais se percebe empresas privadas procurando atuar como agentes de desenvolvimento. Além de vender bens e serviços, preocupam-se em mostrar responsabilidade pelo contexto social e ambiental em que realizam suas atividades, mantendo um bom relacionamento com os seus stakeholders. (GOLDSTEIN, 2007, p. 7).
A questão da responsabilidade social empresarial é tema recente, polêmico e dinâmico, envolvendo desde a geração de lucros pelos empresários, em visão bastante simplificada, até a implementação de ações sociais no plano de negócios das companhias, em contexto abrangente e complexo. (TENÓRIO, 2006, p. 13).
A idéia da exposição de práticas de negócios a um número maior de interessados vem ocorrendo desde a Grande Depressão Americana dos anos 30. Porém, foi em 1899 que a primeira abordagem referente à responsabilidade social das grandes empresas surgiu.
O empresário A. Carnigie, como fundador do conglomerado U.S Stell Corporation, aderiu às práticas de responsabilidade social através do princípio da caridade e da custódia, conforme Stoner (1985 apud Karkotli; Aragão, 2004, p. 49).
Conforme o autor explica, o princípio da caridade instituía uma obrigação aos mais abastados, no sentido de contribuir financeiramente com os menos favorecidos da sociedade, como idosos, desempregados e inválidos, por exemplo, enquanto o princípio da custódia instituía a idéia das empresas e ricos multiplicarem