Solos
2003
ORIGEM E TIPOS DE SOLOS
L. F. Vaz
1. INTEMPERISMO E GRAU DE ALTERAÇÃO DAS ROCHAS
As rochas e outros materiais expostos na superfície da Terra ficam sujeitos à ação de processos naturais de aquecimento e resfriamento, decorrentes da alternância de dias e noites e da ação das águas, que se infiltram a partir das chuvas e percolam através dos materiais existentes. Esses processos naturais atuam no sentido de desagregar e decompor os materiais expostos na superfície.
Quando atuam sobre as rochas esses processos são chamados de processos de intemperismo. Assim, intemperismo é o conjunto de processos que desintegram e/ou decompõem a rocha. Como o intemperismo acarreta a modificação das características originais da rocha, é também chamado de alteração intempérica. Assim, a alteração intempérica das rochas ou simplesmente, a alteração das rochas, significa a desintegração e a decomposição das rochas promovida pelo intemperismo.
A ação do intemperismo sobre as rochas é gradual. Assim, as rochas não se decompõem ou se desintegram instantaneamente, em geral requerendo um período de tempo relativamente longo para sofrerem alteração, variável em função do tipo de rocha e das condições climáticas locais. Dessa forma, as rochas podem se apresentar em diferentes estágios de alteração, também chamados de graus ou classes de alteração.
1.3 Influência do clima
Climas quentes e úmidos favorecem as reações químicas e, conseqüentemente, os processos de intemperismo químico, dando origem a solos residuais espessos como ocorre na maior parte do Estado de São Paulo e em muitas outras regiões do Brasil.
Os climas secos e frios, por outro lado, inibem as reações químicas, resultando em solos pouco espessos. Condições desse tipo ocorrem nas partes altas dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde as temperaturas são baixas e no sertão do Nordeste, onde a precipitação pluviométrica é extremamente reduzida.
A redução da espessura dos