Solos I
A rotação de culturas é uma prática agronômica importante em todos os sistemas de agricultura. A alternância de culturas de espécies com características distintas ao nível morfológico (sistema radical), ciclo vegetativo ,épocas distintas de sementeira e colheita, e ao nível da sua resistência a pragas e doenças, contribui para o aumento da melhoria das características físicas, químicas e biológicas dos solos, A mesma implica em introduzir a adubação verde no inverno ou verão, intercalada com o plantio da cultura principal, visando formar palha ou cobertura morta, que é uma grande arma contra o desencadeamento da erosão e favorece a retenção de água no solo por mais tempo Em cada ciclo, a cada novo plantio, as exigências na adubação são distintas. Desta forma existe um propósito de recuperação do solo aliado aos propósitos comerciais que viabilizarão a manutenção do trabalho.
ROTAÇÃO DE CULTURAS
A monocultura ou mesmo o sistema contínuo de sucessão do tipo trigo-soja ou milho safrinha-soja, tende a provocar a degradação física, química e biológica do solo e a queda da produtividade das culturas. Também proporciona condições mais favoráveis para o desenvolvimento de doenças, pragas e plantas daninhas. Nas regiões dos Cerrados predomina a monocultura de soja entre as culturas anuais. Há a necessidade de introduzir, no sistema agrícola, outras espécies, de preferência gramíneas, como milho, pastagem e outras.
A rotação de culturas pode melhorar a estrutura do solo, quer pela introdução de matéria orgânica, quer pela porosidade biológica criada pelas raízes das culturas. O aumento da porosidade biológica conduzirá a uma maior infiltração da água no solo com consequência na redução do escoamento superficial e, portanto, da erosão hídrica. O acréscimo da porosidade biológica no solo pelas raízes é de extrema importância em sistemas de mobilização nula do solo (sementeira direta).
A utilização de plantas leguminosas na rotação favorecerá o incremento