Solo
O propósito deste capítulo é caracterizar e formular o problema, d’ escrever-lhe o contexto, bem como definir os objetivos da pesquisa. Para isso, após um breve histórico da evolução das formas de uso e manejo e dos problemas de degradação do solo agrícola, abordam-se os problemas de avaliação e das relações entre sustentabilidade e eficiência na agricultura.
As seções 1.2 e 1.3 destinam-se à caracterização e formulação do problema e à justificativa da pesquisa. Os objetivos do estudo, tanto os de ordem geral como aqueles de natureza específica, são apresentados na quarta seção. A seção 1.5 delimita o escopo do estudo e indica o encaminhamento metodológico. Finalmente, a última seção descreve a estrutura geral do trabalho.
1.1. CONTEXTO E PROBLEMÁTICA
O processo de desenvolvimento agrícola no Sul do Brasil, neste século, pode ser subdividido, grosso modo, em três fases. A primeira, que se estendeu até os anos sessenta, foi marcada pelo movimento migratório das zonas mais antigas (especialmente do Rio Grande do Sul) em direção às novas áreas de colonização do oeste de Santa Catarina e sudoeste do Paraná (Toresan,1990).
A intensa migração ocorrida naquele período se deveu, basicamente, ao "represamento" da mão-de-obra nas áreas antigas de colonização em estrutura mini fundiária e à exaustão da capacidade produtiva do solo agrícola. O processo produtivo se desenvolvia de uma forma mais ou menos "extrativista", com base em derrubadas, queimadas e pousios, onde a fertilidade natural do solo se constituía na única fonte de manutenção da atividade produtiva.
Esta forma de manejo, de elevada capacidade degradadora, exauriu rapidamente o potencial produtivo do solo, servindo como mecanismo de pressão na busca de novas áreas. Neste sentido, o movimento colonizador em direção às novas fronteiras agrícolas, então disponíveis no Sul do país, serviu para aliviar as pressões nas antigas, ao mesmo tempo em que permitiu que se reproduzisse nas novas terras