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I – Introdução
Vivemos em um mundo cheio de conflitos provenientes da atual fase da expansão capitalista no globo, varias são as discussões sobre esse processo em que vivenciamos na atualidade. Milton Santos traz nesta obra uma importante visão diferenciada de globalização, a globalização como perversidade, como abandono social tudo em nome de um projeto de reprodução do capital.
Nesse texto a globalização é apresentada como fábula, como perversidade e como possibilidade – “por uma outra globalização”. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula, o segundo seria o mundo tal como ele é, e o terceiro, um mundo como ele pode ser. Esse texto tem a função de desenvolver ideias em torno destas perspectivas apontadas por Milton Santos.
A globalização como Fábula - o mundo tal como nos fazem crer
A globalização como fábula é imposta principalmente pelos meios de comunicação a todos que procura enfatizar o planeta em que vivemos como um amplo espaço e que podemos sim explorá-lo com o consumo. Como a padronização cultural, onde as pessoas são atraídas pelas mesmas coisas, mesmos hábitos, mesmos costumes e que ainda disfrutam de uma mesma rede que nós conhecemos como internet que fez com que nós ficamos presos numa gigante aldeia global, sem ter pra onde ir. Mas ao mesmo tempo nos dá uma importante noção de que o mundo está dentro da nossa casa, o capitalismo nos devorando e nós nem percebemos graças à globalização como fábula.
Um descaso com o estado que aparentemente ficou distanciado das demandas sociais, pois ele o estado precisa se apequenar as grandes corporações que hoje detém o poder sobre o próprio estado. Percebemos que vivemos em um único mundo, um mundo voltado a atender as necessidades das grandes empresas, vivenciamos uma nova tendência mundial de mercado.
O mundo como ele realmente é – a globalização como