Solidão x conexão (crítica)

“...Se você se sente só, é porque ergueu muros em vez de pontes!” (William Shakespeare)

Estava eu aqui conversando com um amigo que dizia não conseguir fazer nada, nem comida, nem banho, nem trabalhar. Pensei por um momento que pudesse estar problemas de saúde, quando antes mesmo que eu pudesse terminar meu raciocínio, prontamente respondeu: “Tudo por causa desse face!”. Por um momento parei e pensei: “Fato!” Como podemos nos deixar escravizar e nos tornarmos tão vulneráveis? Ás vezes, quando perco horas do meu tempo navegando nas redes sociais, me pergunto se pessoas como, sei lá, Willian Bonner, Jô Soares, Marília Gabriela, Stephen Hawking, enfim, dentro muitos outros os quais considero inteligentes e bem sucedidos, como Niemeyer que partiu essa semana, mas deixou sua história e sua marca pelo mundo, se também dispensam seus tempos com esse tipo de lazer torpe. Será? Penso que talvez não. Pessoas como nós que perdemos boa parte do nosso tempo com essa coisa fútil chamada rede social, seja ela qual for, não temos tempo para sermos mais inteligentes, nem mais solidários, tão poucos bem sucedidos. No final das contas acabamos sendo mais fúteis que a própria rede em si. Por que venhamos e convenhamos, o que isso nos agrega? No que isso nos engrandece? Pelo contrário, perdemos tempo fuçando a vida dos outros e querendo ser fuçados e o pior, reclamamos disso posteriormente. Muitas vezes nos entristecemos vendo coisas que não queremos nem precisamos, mas também não é de todo mal, afinal se souber usar com moderação, ali reunimos pessoas que de um jeito ou outro passaram por nossas vidas e que possivelmente nem veremos mais, mas isso não importa. Basta que saibamos que ela está ali e que acompanharemos, mesmo que virtualmente, o que foi e o que está sendo e o que será da sua vida futuramente. Também nos isentamos da obrigação de ir até “aquela pessoa” pra desejar feliz aniversário, feliz natal, ou qualquer outra felicitação,