solidariedade dos animais
Por: Edna Cardozo Dias*
Doutora em Direito pela UFMG
Os animais estão sempre nos dando lições de solidariedade. Basta observá-los e veremos como são capazes de partilhar o alimento e o espaço da Terra, cada qual extraindo para si apenas o necessário para sobreviver. São capazes de sentir afeto e de auxiliar indivíduos de outras espécies.
Um fato notável aconteceu em Arcansas, nos EEUU, na década de 80. Um recém - nascido abandonado num bosque dentro de um saco plástico, foi salvo por um gato que, para protegêlo do frio da madrugada, aqueceu-o com o seu corpo até conseguir socorro. Slowly, o gato herói, tinha o hábito de voltar para casa de seus donos antes do anoitecer. Certa manhã, ao acordar sem encontrá-lo, estes foram procurá-lo no bosque e o encontraram dentro do saco plástico. Ele começou, então a miar estranhamente, os donos se aproximaram e o encontraram lambendo o bebê.
Outro fato notável é o caso da gata Daisy, que foi alimentada por um casal que passava férias no norte do Estado de NY. Ao voltar para casa no Estado de NY abandonaram-na. Um mês depois Daisy apareceu miando na porta do casal carregando um dos seus filhotes. Em seguida fez mais quatro viagens trazendo de cada vez um filhote.
Não menos famoso é Nekochin, o gato que virou notícia no Japão ( 1992), por ter contrariado a convicção popular de que os felinos são desapegados em relação ao dono. Abandonado, o animal percorreu mais de 100 quilômetros para voltar à casa de seu proprietário, na província de Shiga.\
Os bovinos são tão sensíveis que, quando passam perto de local onde uma rês foi abatida e carneada, mesmo um mês depois, mugem sem parar.
Num Jardim Zoológico da Flórida ( 1991), o hipopótamo Garth, então com 9 anos, recusou-se a comer por ocasião da morte de seu companheiro, Percy.
No Rio de Janeiro ( 1991) os moradores da Rua Coronel Tamarindo, em Bangu, se comoveram com o velório que o garanhão prestou à fêmea, morta