Solda e Usinagem
Entre todos os processos de fabricação existentes, este situa-se numa posição privilegiada, pois através da união de materiais produzidos em grandes números e formas padronizadas, é possível se obter inúmeras combinações, das quais resultam desde pequenas peças, como armações de óculos, até estruturas gigantescas, exemplificadas pelas plataformas submarinas e naves espaciais.
Além disso, esse também é o método que permite utilizar um material de muito menor custo como base e, somente, nos locais necessários sobre o mesmo, realizar revestimento protetor próprio para enfrentar corrosão; atrito; calor, ou outrotipo de desgaste.
Dessa forma, a opção por esta tecnologia propicia, em geral, enormes reduções nos consumos de energia; tempo e material, provavelmente os mais escassos bens sobre a Terra.
A união de materiais é realizada, ou através da fusão dos mesmos em íntimo contato; ou pela fusão de ambos e adição de outro material fundido; ou, ainda, simplesmente, por contato destes materiais, nas fases sólidas ou semisólida.
Em geral, a soldagem provoca maior distorção no material base e normalmente não é utilizada sobre cerâmicos. A grande área de atuação da mesma são os metais e suas ligas, devendo-se esse fato à sua grande versatilidade e economia, além das excelentes propriedades mecânicas que as uniões assim obtidas apresentam.
A terminologia de soldagem é bastante extensa e muitas vezes os termos técnicos que utilizamos em uma região geográfica não são aplicáveis em outras. O próprio nome soldagem é adotado no Brasil, enquanto em Portugal o nome mais utilizado é soldadura; vamos indicar alguns termos mais importantes utilizados.
O primeiro termo a ser definido é junta – junta é a região onde duas ou mais partes da peça são unidas pela operação de soldagem.
Para conseguirmos executar as soldas, na maioria das vezes precisamos preparar aberturas ou sulcos na superfície das peças que serão unidas – estas aberturas recebem o nome de chanfro.