Solda a plasma
O termo plasma - quarto estado da matéria - designa um gás suficientemente aquecido a ponto de se tornar ionizado, isto é, constituído de íons e elétrons livres, porém em equilíbrio. Neste estado o gás deixa de ser isolante e passa a conduzir corrente elétrica.
Os processos de soldagem a arco elétrico se utilizam justamente desta baixa resistividade para transferir uma alta intensidade de corrente (um arco elétrico) para as peças de trabalho, gerando calor e elevando a temperatura nas mesmas, possibilitando, assim, a fusão e, conseqüentemente, a coalescência de metais. Se esse plasma é obrigado a passar através de um orifício, torna-se um jato constrito, de altíssima velocidade
(alta energia cinética) e concentrado (energia térmica concentrada). Este arco, que tem funções que vão além da térmica como nos processos convencionais a arco, é normalmente denominado arco-plasma.
Assim, o processo de soldagem a plasma (PAW, de Plasma Arc Welding, em inglês) é um processo de soldagem a arco que promove a coalescência de metais pelo aquecimento gerado a partir de um arco constrito (jato de plasma), que é aberto entre um eletrodo não consumível e a poça de fusão.
A Figura 1 ilustra de maneira esquemática e simplificada os detalhes de funcionamento do processo Plasma, a partir da sua tocha. A formação do arco-plasma se dá devido a um fluxo de gás - denominado gás de plasma que é direcionado continuamente para dentro da tocha, fluindo por uma cavidade na qual um eletrodo de tungstênio é concentricamente posicionado. Ao final desta cavidade existe um bocal com um furo de diâmetro menor do que o da cavidade, que constringe a saída do gás. A pressão do gás e o efeito de expansão térmica na região do arco dentro da cavidade fazem com que o plasma seja expelido da tocha através do orifício constritor a altas velocidades, atingindo níveis supersônicos. À medida que passa através do bocal de contrição,
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