Software Livre
Humberto Rossetti Baptista humberto@ime.usp.br Apresentamos aqui o conceito de Software Livre, o projeto GNU e a filosofia por trás deste tipo de programas. A influência da Internet, e o uso de software livre em ambientes comerciais é discutida a seguir. São apresentados alguns dos programas livres mais utilizados (e onde são utilizados) bem como o caso de uma empresa muito bem sucedida que "vive" de software livre. Introdução Assim como a Internet o termo "Software Livre" era praticamente inédito fora do círculo da computação. Palavras e siglas estranhas, nas frases de pessoas também um pouco estranhas, não contribuíram para a popularização do termo nem do conceito.
Com a explosão da Internet foi dado um súbito destaque a uma nova categoria de programas, que praticamente ‘carregava’ a Internet, movimentando diversos serviços e em alguns casos indo até ao sistema operacional das máquinas que compõem a rede.
Ser livre é a questão. Quanta liberdade se perde ao aceitarmos licenças de uso comerciais? Quanta cooperação, avanço tecnológico e conhecimento são perdidos por conceitos como "propriedade industrial"?
Estas questões estão na gênese dos programas livres. O que é "software livre"
Do que se tratam os programas livres? Em primeiro lugar são programas comuns, construídos como quaisquer outros, geralmente uma linguagem de alto-nível e depois compilados, etc. A diferença está nos direitos que o autor dá para outras pessoas fazerem uso deste programa: a licença de uso.
Existem diversos tipos de licença e conseqüentemente diversos tipos de comercialização de programas:
1. Software Comercial - programas distribuídos na sua maioria somente na forma binária (executáveis) com direitos específicos (um ou alguns usuários, um ou alguns computadores, CPUs etc.) e quase sempre com um preço associado. Não são revelados detalhes de funcionamento, não se pode copiá-los para outros usuários e alterações (muito difíceis, dada à forma