Software livre x software proprietário
Quase todo mundo já deve ter ouvido por aí a eterna briga entre defensores do software livre e defensores dos chamados softwares “proprietários”. (Colocam-se as aspas porque, como diria MD, a tradução mais correta não seria essa. Seria algo aproximado a programa pertencente a alguém (o “proprietário”). O software não é proprietário de ninguém; é propriedade de alguém, em resumo. Dito isto, vamos ao que interessa.)
Como essa é uma discussão eminentemente técnica, pouca gente se interessa pelo assunto. Mas há mais coisas envolvidas nela do que se imagina.
Primeira coisa a saber: software livre x software proprietário não é o mesmo que Windows contra Linux. É muito mais que isso.
Vamos primeiro ao software proprietário, provavelmente aquele ao qual você está mais habituado.
Quando você vai a uma loja e adquire, por exemplo, um determinado programa da Microsoft (Office) ou algum da Apple (iOS4), você compra um produto pronto, feito e acabado. Mas compra também uma caixa-preta. Você não tem a mínima idéia de como ele foi feito ou do que realmente está contido dentro dele. Isso porque o código é fechado, – ou seja, você não tem acesso às linhas de programação do produto. Obviamente, as empresas que produzem esse tipo de programa não permitem o acesso às suas “entranhas” porque ali estão milhões e milhões de dólares em investimento de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, todos os programas são protegidos por leis de direito autoral ou, dependendo do país, por patentes. Quem copiá-los poderá ser processado.
Já o software livre é o contrário. Todas as linhas de programação são abertas. É como se você comprasse um boneco de ser humano cuja pele é transparente; você pode ver exatamente o que se passa dentro dele, os mecanismos de movimento dos ossos, a circulação sanguínea, etc. Ao contrário dos softwares proprietários, os livres não estão protegidos por leis de propriedade intelectual. Por essas razões, qualquer um pode pegar uma