Sofista
A fase onde a nova filosofia foi caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem com a sociedade. Essa nova fase foi marcada pelos sofistas. A época em que favoreceu o surgimento dos sofistas foi marcada por grandes lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas Assembleias democráticas. Então os cidadãos mais ambiciosos sentiam a necessidade de aprender a arte de argumentar em público para conseguir persuadir em Assembleias para que seus interesses viessem a prevalecer. Por isso as lições dos sofistas não tinham como objetivo o estabelecimento de uma verdade única, mas, sim, o desenvolvimento da argumentação da habilidade retórica, do conhecimento das doutrinas divergentes; enfim, todo um jogo de raciocínios que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários. Por mais que pudessem usar mentiras em seus argumentos, muitas vezes os tais ambiciosos conseguiam seus desejos nas Assembleias pelo fato de falar bem, pela boa retórica que era ensinada pelos sofistas.
Essas características dos ensinamentos dos Sofistas favoreceram o surgimento das concepções relativistas sobre as coisas (não existe uma verdade absoluta).
A palavra sofista, etimologicamente, significa sábio e tem origem no termo grego “sophos”. Porém, depois ganhou o sentido de “impostor”, devido às críticas de Platão. Os sofistas também eram chamados de "filósofos de rua", pois percorriam as cidades fazendo discursos eloquentes e conferências sobre diversos assuntos. Foram acusados de buscar o saber tendo em vista o lucro que desse saber poderia vir e de não buscarem conhecer com interesse exclusivo pela verdade.
Sofistas eram cidadãos cultos, bons oradores, que almejavam ensinar a arte e a técnica política, dedicando-se assim à retórica. Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Davam aulas de eloquência e de