Sócrates dava uma prova de humildade e sabedoria, afirmando a consciência da própria ignorância.Por questionar as idéias, os valores e os comportamentos que os atenienses julgavam corretos e verdadeiros, estimular o povo e principalmente a juventude ateniense a pensar e refletir se todos aqueles valores da época eram verdadeiros, Sócrates foi considerado um perigo pelos poderosos de Atenas.Acusado de desrespeitar os deuses, corromper a juventude e violar as leis, como todo mártir, Sócrates foi condenado a morte.Negou-se a defender-se perante a assembléia, e quando interrogado pelos discípulos pelo porquê de sua decisão, disse: “ se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. (...)”.A filosofia de Sócrates deixou marcas tão profundas no pensamento humano, que ele foi considerado pela maioria dos filósofos o pai da filosofia; Kardec colocou na introdução do Evangelho segundo o Espiritismo o resumo de sua doutrina e do seu principal discípulo – Platão - e Emmanuel afirma no livro A Caminho da Luz que: “Sua existência, em algumas circunstâncias, aproxima-se da exemplificação do próprio Cristo.(...)” 1Mas transportando a essência do pensamento de Sócrates para os nossos dias, será que atualmente o homem e principalmente nós espíritas, conhecedores de tantas verdades do mundo espiritual, conhecemos à nós mesmos?Qual será o móvel de nossas ações perante a Doutrina Espírita, nossa família, a sociedade e mesmo perante à nós mesmos?Sabemos que somos imortais, mas será que nas horas de crise ou nas situações difíceis, temos sabido manter a calma daquele que sabe que toda tempestade chega e passa e que por mais que a noite seja densa, não há nada que possa impedir o nascer de um novo dia?Temos consciência que reencarnamos para o resgate dos débitos do passado e o conseqüente desenvolvimento intelecto-moral que todo espírito carece, mas temos sido capazes de manter as esperanças diante da debilidade orgânica crônica, das pessoas que estão ligadas a nós e