Socrates
A Injustiça da Morte de Sócrates:
Platão colocou o problema da educação dos homens e da organização da cidade no centro da sua filosofia, para ele a filosofia devia dar-nos a luz que nos permitisse encontrar a justiça na vida privada e na vida pública. Platão nunca compreendeu que um homem como Sócrates que sempre levou uma vida exemplar, que defendeu a cidade quando esta se encontrava em perigo, que sempre levou os atenienses a reflectir de modo que se tornassem melhores, pudesse ter sido assassinado pela sua cidade, sobrepondo-se o mal ao bem, a injustiça à justica, a mentira á verdade. Como poderia ter sido a cidade de Atenas tão ingrata com Sócrates que sempre discursou pela verdade e com verdade. Platão dedicou a sua vida a denunciar a tragédia do homem na cidade, homem esse que foi vítima da cidade que tanto amou.
O acto de patriotismo:
Há também quem acredite que Sócrates como figura monstruosa tinha que desaparecer, pois para os atenienses a beleza física devia acompanhar a beleza moral, e Sócrates neste aspecto revelava-se um escândalo para Atenas. O filósofo Edélestand du Méril escreve mesmo que os acusadores de Sócrates fizeram um acto de patriotismo. Afirma que a história que sabe o passado e o compreende, honra-os como Atenienses(...)Neste processo(...) toda uma República se defendia contra um homem"
Paralelo entre a morte de Sócrates e de Jesus Cristo:
Sócrates e Jesus eram ambos pessoas carismáticas e consideradas enigmáticas ainda em vida. Nenhum dos dois deixou qualquer escrito, e precisamos confiar na imagem e impressões que eles deixaram em seus discípulos e contemporâneos. Ambos eram mestres da retórica e tinham tanta autoconfiança no que falavam que podiam tanto arrebatar quanto irritar os seus ouvintes. Ambos acreditavam falar em nome de uma coisa que era maior que eles mesmos. Ambos desafiavam agudamente os que detinham o poder na