sociólogo
"Gott ist tot."
Friedrich Nietzsche Havia, evidentemente, entre as ideias de Weber e Nietzsche um distanciamento sobre o significado da modernidade. Porém, se existe uma ligação entre eles, além da contemporaneidade, ela consistiria na interpretação sobre o fim dos valores absolutos a partir das mudanças trazidas pela modernidade. E se um encarou a ressignificação como uma oportunidade para a transcendência desses mesmos valores, o outro, que é quem nos interessa no presente trabalho, se dedicou a investigar em como ocorreu a transformação dos mesmos em condição objetiva, e em como se dava a relação com eles a partir desse momento. E isso está claramente expresso no seu texto "A 'objetividade' do conhecimento nas ciências sociais", e uma aplicação de seu aparato metodológico aparece em "A política como vocação", que será utilizado para demonstrar tal tese. Pois a "objetividade" de que Weber tanto fala vêm em aspas justamente porque essa "objetividade" é relativa, o que não significa, necessariamente, que os resultados são apenas relativos, portanto destituídos de qualquer significação a alguém que discorde deles. O que é posto aqui é que essa objetividade é o ponto de partida do analista devido ao fato de que "apenas uma parte finita da infinita diversidade de fenômenos é significativa" (pág. 53), logo, a análise que se pretendesse totalizadora, ou, que pretendesse determinar leis gerais no comportamento humano seria justamente não objetiva por ser norteada por uma determinada concepção do comportamento humano, que na verdade apresenta padrões relativos de atuação, historicamente produzidos e particularmente vivenciados. Destaca-se também sua oposição a toda forma de produção que se pretendesse cientifica utilizando raciocínios valorativos como imperativos de ciência. Deduz-se disso que o ponto de partida é inevitavelmente carregado de significado, mas não deve