socioloiga

ADOLESCÊNCIA: longos anos de transformação do corpo de cca ao corpo de adulto. Revivencia de questões infantis e possibilidade de toda construção da personalidade em ressignificar. O sujeito pode reorganizar coisas que ficaram desorganizadas ou se desorganizar.
LACAN: através de um outro que o EU nasce. O outro é estruturante do EU. No início da vida psíquica é a função materna. O outro nos coloca na noção de quem agente é. Internalização do que o outro diz que eu sou, o que o outro nomeia sobre ele. No primeiro momento o EU se torna alienado ao outro. O bebe acredita que é ele, mas é construído através da ideia do outro. Isso acontece para tudo que caracteriza o eu, esse se forma a partir do desejo e da opinião do outro, por isso o bebe é alienado a mãe.
A adolescência se coloca como um tempo possível de modificação de alienação. Existe a possibilidade de transformar e tornar-se uma versão modificada ou não. É necessário que para modificar o eu, o adolescente encontre novos espelhos, portanto nunca vai haver um eu totalmente não-alienado. O grande outro vai ser aquele que pode reorganizar o eu, função paterna ao apresentar a castração, a sua internalização. O Édipo é uma situação estruturante porque coloca um corte, é na passagem pelo Édipo que o sujeito se torna um sujeito da cultura e abre-se a possibilidade de realções exogâmicas e sociais. O outro estruturante passa a ser então o discurso da cultura, a cultura é o elemento estruturante do eu (o que a cultura prega tanto quanto limite, valores ou ideais. Os representantes são os objetos primários que se tornam referenciais dizendo o que é certo. Isso que abre a possibilidade de se desenvolver (não sou tudo mas vou buscar um dia ser). A adolescência é a transformação da identidade, é necessário transformar o Eu para tornar-se adulto e isso implica na mudança da posição do sujeito. O adolescente rompe com a alienação, desenvolvendo autonomia para saber o que deseja e ir atrás do que deseja. Rompe a