Sociologia
RESENHA
Com base nas aulas e no material teórico oferecido até este momento, no curso de Teoria Antropológica 2, o texto à seguir, tem por objetivo a construção de um panorama geral, entre as noções de “estrutura”, constituintes do trabalho de Claude Lévi-Strauss e Radcliffe-Brown. Além disso, em um segundo momento pretende-se delinear alguns pontos que relevam a importância do simbolismo na análise estruturalista, partindo ai da antropologia de Mary Douglas, além de remontar à contribuição de Lévi-Strauss no pensamento social dessa autora.
I. Estrutura – Radcliffe-Brown e Lévi-Strauss
Para uma reconstrução da noção de estrutura nestes autores, uma primeira, e bastante elementar noção desta, pode ser encontrada da seguinte maneira em Brown:
“... espécie de ajuste ordenado das partes ou dos componentes.”
Essa noção elementar, nos permite inferir algumas características fundamentais do que podemos chamar de estrutura. Adicionando mais alguns atributos que se mostram necessários, pode-se inferir, de forma abstrata e assim ideal, e de maneira mais completa, que a mesma se daria como um arranjo ordenado de partes, que colaboram para a construção de um todo maior que as mesmas, sendo que este arranjo de partes possuiria uma disposição considerável à permanecer estável. A partir deste tipo de noção do que podemos observar de típico nesta “coisa” denominada estrutura, abrimos a possibilidade de diferenciar e relacionar o pensamento de Brown e Strauss no que tange o tema.
Brown, se preocupa com este tema ao abarcar o problema empírico da reprodução social e de certa maneira da estabilidade, perceptível nos agrupamentos humanos. A pergunta que surge ao olhar do antropólogo é: O que permite estabilidade e reprodução em sistemas singulares da vida social? O autor supõe na análise estrutural a proposta fundamental de resolução deste problema. Utilizando a noção de ajuste ordenado de partes, e em analogia aos