Sociologia
SOBRE RESENHAS
Temos experimentado, no cotidiano acadêmico (UNEMAT, curso de Letras), dissabores (discentes e docentes) diante da resenha. Penso que o problema não está na impossibilidade de se exigir resenha na graduação como já me foi explicitado. A resenha é importante como instrumento para o levantamento bibliográfico ou ao estabelecer prioridades de leitura, ou, ainda, para estabelecer necessidade de fichar ou não o texto original. Além disso, propícia desenvolver a mentalidade científica: capacidade de síntese, de interpretação e de desempenho crítico. Devemos, pois, deixar claro o que entendemos por resenha ao solicitá-las dos acadêmicos, bem como fazer a devida distinção, como proponho aqui, entre resenha crítica e resenha descritiva ou informativa, e qual seria mais oportuna na graduação e na pós-graduação.
Medeiros (2003, p.158) adverte para o fato de que resenha crítica é tarefa para professores e especialistas, exige: envolvimento com o assunto; conhecimento de obras similares para estabelecer comparação, e maturidade intelectual, uma vez que implica avaliação e o inevitável juízo de valor.
Temos, pois, duas possibilidades: a resenha crítica e a resenha descritiva. Aquela, como vimos, exige erudição. Sendo assim, enquanto trabalho acadêmico é cabível mais propriamente nos curso de pós-graduação, no processo de realização das monografias, dissertações e teses. A resenha descritiva seria mais adequada à graduação: por um lado, está próxima ao fichamento, por outro, inevitavelmente apontará o caminho do acadêmico á resenha crítica. Conforme Fiorin e Platão (1990, p.426), “a resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador”. Conteria, então, uma parte descritiva com informações sobre o texto (autor, título, editora, local e data); e uma parte com o resumo do conteúdo da obra (assunto tratado, ponto de vista adotado, perspectiva