Sociologia
O assistente social é um profissional especialmente habilitado para identificar e atuar na solução de problemas sociais, planejando políticas públicas comunitárias, podendo também atuar diretamente com as pessoas. Diante disto esta análise tem como objetivo considerar as forças sociais que inspiraram as iniciativas do Movimento de Reconceituação do Serviço Social e toda sua problemática dentro de um contexto social.
No final da década de 50 e início da década de 60 houve uma crise dos padrões de acúmulo capitalista, tipificada pela internacionalização da economia e pelo fortalecimento do setor privado e do capital internacional. A responsabilidade pela política econômica fez a política social do Brasil passar a segundo plano, como se pode constatar pela regulamentação da lei orgânica da Previdência Social.
A profissão do Serviço Social firma-se no Brasil, mas de uma forma assistencialista, com as pessoas da classe dominante agindo para que a classe menos favorecida senta-se amparada. Com o apoio da Igreja Católica criou-se o mito de que o profissional do Serviço Social é aquele que faz caridade.
O Serviço Social só passa a ter uma significância maior durante a década de 50, quando principalmente a ONU empenhou-se em sistematizar o Desenvolvimento de Comunidade para unificar a população aos diversos planos de desenvolvimento. Os assistentes sociais se comprometiam com esta perspectiva nova, assumindo o posicionamento dos cristãos de esquerda, filiando-se ao Movimento de Educação de Base organizado pela Conferência dos Bispos do Brasil, iniciando um trabalho nas comunidades inspirado em Roberto Freire, que aliava a alfabetização à criação de consciência política.
A Ditadura Militar que se implantou no país no período de 1964 a 1985, inaugurando um regime totalitário, marcou profundamente o Serviço Social. Vai-se enfatizar este período histórico por se tratar da época em que ocorreu o Movimento de