Sociologia
Nos dois primeiros capítulos o autor examina relacionamentos pessoais em um ambiente social, no terceiro capítulo inicia a análise dos parâmetros culturais, estruturais. A máxima cristã amar ao próximo como a si mesmo é discutida, neste capítulo, pelo autor a partir de alguns questionamentos: de que forma isto seria útil ao indivíduo? Que benefícios poderia trazer?
Assim esta seria a origem da humanidade, da possibilidade de coabitação e da passagem do instinto de sobrevivência para a moralidade e a ética. O homem só pode amar ao próximo quando se sente amado, ou seja, quando tem amor próprio medido pelo amor dos outros para consigo; significaria respeitar a singularidade de cada um.
Ainda nesta linha são avaliados temas do século vinte como as guerras, a violência urbana; a distância social urbana (entre camadas sociais) cada vez mais evidente.Uma dificuldade ainda não foi superada: pode-se viver em um ambiente virtual e globalizado (comum entre as camadas mais altas da sociedade) , as políticas, no entanto, ainda são locais.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman talvez seja um dos poucos pensadores vivos que ainda tentam mostrar que nem tudo está perdido, e que amar o próximo é possível, mesmo que seja como ato de fé. Eu particularmente tenho algumas críticas a Bauman, pelo fato de ele não levar em consideração as inúmeras mudanças nas relações contemporâneas que permitiram um maior equilíbrio entre os gêneros. Porém, é impossível ficar indiferente ao seu apelo desesperado por mais amor ao mundo e aos seres humanos de uma maneira geral. Bauman percebe a dificuldade amar o próximo como uma herança maldita da sociedade, uma espécie de estrutura social que age sobre os indivíduos, que os torna insensíveis e indiferentes ao sofrimento alheio. Quem dera fôssemos como Winttgenstein, capazes de se indignar com o sofrimento de um único ser humano... acabei falando muito pouco daquilo que me propus no início, talvez pelo fato de