Sociologia
“Para o empregador moderno – assinala um sociólogo norte-americano – o empregado transforma-se em um simples número: a relação humana desapareceu. A produção em larga escala, a organização de grandes massas de trabalho e complicados mecanismos para colossais rendimentos acentuou, aparentemente, e exacerbou a separação das classes produtoras, tornando inevitável um sentimento de irresponsabilidade, da parte dos que dirigem, pela vida dos trabalhadores manuais. Compare-se o sistema de produção, tal como existia quando o mestre e seu aprendiz ou empregado trabalhavam na mesma sala e utilizavam os mesmos instrumentos, com o que ocorre na organização habitual da corporação moderna. No primeiro, as relações de empregador e empregado eram pessoais e diretas, não havia autoridades intermediárias. Na última, entre o trabalhador manual e o derradeiro proprietário – o acionista – existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades representados pelo superintendente da usina, o diretor-geral, o presidente da corporação, a junta executiva do conselho de diretoria e o próprio conselho de diretoria. Como é fácil que a responsabilidade por acidentes do trabalho, salários inadequados ou condições anti-higiênicas se perca de um extremo ao outro dessa série”. (Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil).
Discuta: a afirmação do autor de que a “relação humana desapareceu” entre o empregador e o empregado deve-se a quais características das organizações modernas de produção?
A produção em larga escala, a organização de grandes massas de trabalho e complicados mecanismos, visto que o empregador não visa mais uma relação entre seus empregados. Os empregadores modernos querem o que for lucro para sua empresa, porem não procura relacionar-se de forma a conhecer quem são os seus empregados e como trabalham. A relação humana está a cada dia mais precária. Os empregadores não querem saber