Sociologia
As ideias de FREIRE (1986) constituem um dos suportes de nosso trabalho ao defender que ninguém forma ninguém, como ninguém educa ninguém, os homens se educam em comunhão.
A vivência e análise da prática do planejamento participativo visa também favorecer à apropriação por parte do professor de conhecimentos necessários a respeito do como ir além do planejamento burocrático e de natureza tecnicista, que empobrece e fragmenta o trabalho pedagógico, ainda presente nas escolas. Esse autor defende a ideia de que as disciplinas escolares foram “criadas historicamente pela escola, na escola e para a escola” (LIBA, 2011), e que seu ensino comporta não somente as práticas docentes em aula, mas todo seu histórico, como, por exemplo, sua constituição e as mudanças que sofre.. Entretanto é real, e comprovado por muitos estudos, sobretudo na área do currículo e dos estudos culturais, que os conteúdos das disciplinas escolares não compõem a totalidade dos conhecimentos gerados nos institutos de pesquisa e universidades, ocorrendo sempre uma seletividade para o que se vai ensinar nas escolas.
Nesse novo contexto, a Química, a Física, a Biologia e a História, por exemplo, entre outras áreas de pesquisa, de produção de conhecimento novo, sofrem alterações, são descontextualizadas e recontextualizadas compondo o currículo com a finalidade de formar estudantes nas várias etapas de escolarização, inclusive no ensino superior. Neste novo lugar – na escola – tais conhecimentos sofrem seleção, simplificação, condensação e elaboração (BERNSTEIN, 1996).
Por isso o ensino e a aprendizagem não podem ser considerados tarefas fragmentárias. Conhecer é dominar a matéria na sua totalidade, conscientizar-se não só dos dados, mas da organização lógica peculiar. Tais características exigem, segundo o autor, que a aprendizagem seja adequada à natureza da matéria. Adquirimos habilidade intelectual de nos